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22 agosto 2021

Pesquisa analisa sons para entender influência do turismo no comportamento de golfinhos em Fernando de Noronha


OPINIÃO:
não é nem preciso estudos para descobrir, a influência humana, sempre, é péssima! 
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Pesquisadores buscam entender como o crescimento do turismo impacta a vida dos golfinhos rotadores em Fernando de Noronha. Para isso, eles instalaram um hidrofone na Baía dos Golfinhos, equipamento capaz de captar os sons emitidos pelos animais e também outros emitidos no local.

“Os golfinhos rotadores são animais extremamente vocais. Em diversas situações, eles emitem sons diferentes. Nós queremos utilizar essa ferramenta acústica para avaliar o impacto das embarcações e do turismo nesses animais”, declarou o professor e pesquisador da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, Raul Ribeiro.

Ribeiro, que também preside a organização não governamental Ocean Sound, explicou que o equipamento auxilia no entendimento do comportamento devido ao fato dos sons serem essenciais na vida dos golfinhos: conseguem conversar, identificar presas e namorar assim.

“[A Baía dos Golfinhos] é um local de descanso, cuidado materno e socialização dos golfinhos rotadores. A acústica é fundamental na vida desses animais, é como se eles lessem o mundo através do som “, afirmou.

Um dos pontos que o estudo busca entender é o motivo desses animais chegarem perto de barcos, mesmo diante de sons considerados altos para eles.

“É uma dúvida que queremos esclarecer. O ruído, dependendo da duração e da frequência, pode causar danos, mas os golfinhos são sociáveis. Precisamos entender a mudança comportamental desses animais”, declarou o pesquisador.

O monitoramento das atividades é feito 24 horas por dia. Raul Rodrigues explicou que são emitidos dois tipos de sons, que variam de frequência e intensidade, conforme o estado do golfinho.

“Nós fazemos gravações de áudio e são produzidas imagens subaquáticas e aéreas, com apoio de drones”, apontou o professor.

A pesquisa vai ser executada por, no mínimo, cinco anos. Além da instalação do novo equipamento, os pesquisadores também realizaram a manutenção de um hidrofone antigo, que estava no local desde o início do ano, e recuperaram os dados desse equipamento.

Fonte: G1 

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