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23 agosto 2021

Soldado britânico que criou abrigo de animais em Cabul recusa-se a sair do Afeganistão


OPINIÃO:
a ignorância, a pseudocrença do Talibã, não poupa nem animais. O grupo radical considera cães seres impuros e promove chacinas de animais desde a sua criação. Muitos ativistas estão buscando apoio para retirar cachorros do país temendo perseguição e mortes. O país vive um momento de muita incerteza e retrocesso. Os animais precisam de ajuda!
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Um ex-soldado britânico, que fundou um abrigo para animais em Cabul, recusa-se a deixar o Afeganistão sem os seus 70 funcionários.

Segundo a reportagem da BBC, o antigo militar da marinha britânica fez um apelo ao governo do Reino Unido para ajudar as pessoas que trabalham consigo no abrigo a deixar o Afeganistão. Paul “Pen” Farthing afirmou que não os deixaria para trás para “sofrerem um destino” que o Ocidente lhes impôs, por isso quer os políticos britânicos “façam a coisa certa”, retirando-os todos do Afeganistão.

O apelo foi feito nas redes sociais, onde foi criada uma campanha para pressionar o Governo, uma vez que estes refugiados não se incluem na lista prioritário do Executivo britânico, que numa primeira fase vai privilegiar a evacuação de intérpretes e pessoas que trabalharam para o Reino Unido.

A BBC adianta que o Ministério dos Negócios Estrangeiros está em contacto com o antigo soldado para oferecer auxílio.

Abrigo para animais criado há 15 anos

O abrigo de animais que Farthing criou tem quase tanto tempo como a ocupação estrangeira do Afeganistão entre os dois governos talibãs.

A instituição, chamada Nowzad , foi criada há 15 anos pelo ex-fuzileiro que serviu na província afegã de Helmand, em meados dos anos 2000.

Conceito raro no Afeganistão, o abrigo para cães e gatos vadios e burros maltratados, ajudou a aumentar a consciência do bem-estar animal no país e a salvar cada vez mais animais em más condições e vítimas de maus-tratos.

Na clínica veterinária do seu abrigou formou as primeiras mulheres veterinárias totalmente qualificadas do país, temendo agora pelo seu futuro entregue à sorte dos talibãs. “Penso que não há palavras para descrever o que estão a sentir neste momento. O que se diz a alguém que provavelmente vai ser obrigado a casar com um combatente talibã e acabar por viver em casa, sem nunca poder sair e apenas a criar filhos com alguém que detesta absolutamente?”

A instituição de caridade cuidou, até agora, de mais de 140 cães e 40 gatos, que depois juntava com os soldados que os resgataram, durante as suas missões no Afeganistão.

Soldado não acredita na mudança dos talibãs

Profundamente critico da forma como os países ocidentais se limitaram a deixar os talibãs avançar no território, nos últimos meses, e a tomar o poder, e por abandonarem de imediato o país, o antigo fuzileiro não acredita na moderação dos extremistas islâmicos apesar das promessas anunciadas em relação à segurança e respeito pelas mulheres e de não vingança de opositores e colaboradores de organismos e forças estrangeiras.

“Demos às pessoas esperança, aspirações, sonhos para o futuro. Numa questão de semanas, despedaçámo-las”.

Para Farthing, a forma como os países ocidentais que tinham contingentes militares, sobretudo os EUA e o Reino Unido, saíram significa que os soldados que morreram em combate com os talibãs morreram “em vão”.

“Não conseguimos nada, simplesmente desperdiçámos tudo.”

Fonte: Contacto (grafia lusitana original)

Um comentário:

  1. Um homem maravilhoso, Deus queira que dar tudo certo para ele sair com seu povo e os animais.

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