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O menu oferecido aos participantes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26) está disponível no site “A Recipe for Change”, que revela que há até carne de cervo e bucho de ovelha recheado com vísceras, além de outros alimentos de origem animal.
Pelo menos metade dos pratos principais do evento realizado em Glasgow, na Escócia, até o dia 12, contém carne, e estão entre os que têm a maior pegada de carbono. Segundo o porta-voz da organização britânica Animal Rebellion, Joel Scott-Halkes, é algo tão imprudente quanto desalentador um evento que discute a crise climática oferecer carnes e laticínios.
“É como servir cigarros em uma conferência sobre câncer de pulmão. Enquanto essas decisões ilógicas estiverem sendo tomadas, a emergência climática nunca será resolvida”, criticou.
A organização Salmon and Trout Conservation também criticou a oferta de salmão. “Incluir salmão de viveiro no menu da COP26 é inacreditável. É de se perguntar que nível de escrutínio e diligência foram aplicados antes do menu ser finalizado”, disse o diretor da organização, Andrew Graham-Stewart.
Opções com menor pegada de carbono
Ele acrescentou ainda que a criação de salmão em águas abertas também já causou sérios danos ambientais, e inclusive ecocídio, em todas as jurisdições ao redor do mundo, onde governos permitiram a prática.
Como destacado no site “A Recipe for Change”, as opções com menor pegada de carbono são aquelas à base de vegetais. Nem os pratos classificados como “vegetarianos” garantiram uma pequena pegada de carbono, considerando o impacto, por exemplo, da muçarela de búfala escocesa.
Somando carnes e laticínios, que geram grandes impactos ambientais, as opções de origem animal totalizam 58% do menu oferecido na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – 41% com carnes (incluindo peixes) e 17% de laticínios.
Fonte: Vegazeta
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