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10 março 2022

Tragédia em Petrópolis: conheça história de animais resgatados


OPINIÃO:
esperamos que tutores e animais sobreviventes reconstruam suas vidas. Um lindo recomeço a todos! 
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Morena, Gorda, Cacau, Paçoca, Pipoca, Mocha e Buá são os cachorros de Geisa Ponte, que vivem na casa do seu pai, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Na tarde do último dia 15 de fevereiro, a astrônoma foi surpreendida pelas fortes chuvas que devastaram a cidade e destruíram parte de sua casa. Geisa só teve tempo de arrumar uma mochila com documentos, remédios e sua tese de doutorado antes que a enchente piorasse. Nesse episódio de 'Bichos na Escuta', a jornalista Giuliana Girardi conta a história do resgate dos sete cachorros de Geisa, que teve que salvar os animais em meio à tragédia. Consultora do podcast, a veterinária Rita Ericson também participa do episódio. 

"Nesse momento, os vizinhos gritaram para sair da casa, porque o muro tinha caído, e a gente não conseguiu pegar a Cacau", disse Geisa. 

Atualmente residente em São Paulo, onde desenvolve pesquisa em astrofísica na USP, Geisa Ponte visitava o pai quando ocorreu o pior desastre causado por chuvas na história de Petrópolis. O número de mortos na tragédia chegou a 233, segundo boletim atualizado pela Prefeitura na última sexta-feira (4). Em poucos minutos, a água inundou a casa da família de Geisa, que perdeu todos os pertences. Além de salvar seu pai, a astrônoma viveu momentos de tensão para resgatar seus cachorros: "Eu fui tirando uma por uma e a água subindo, subindo e a correnteza começou a aumentar muito, virou uma verdadeira enxurrada. Vieram alguns rapazes que ajudaram, pegaram algumas e levaram para uma parte mais alta do outro lado da rua", ela conta.

Consultora do podcast Bichos na Escuta, a veterinária Rita Ericson explica que os animais conseguem identificar os sinais de perigo em meio aos momentos de tensão. Segundo ela, os cães são sensíveis às emoções dos tutores e aprenderam sobre os indícios de alerta da nossa linguagem corporal, já que acompanham os humanos há milhares de anos.

"O cachorro percebe essa sensação de perigo pelos sentidos dele, pela percepção que ele é capaz de ter, mas também pelos humanos referência dele. Então, existe até essa orientação: cuidado para não contagiar o seu cachorro com o seu nervoso."

Fonte: G1 

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