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15 maio 2022

Girafinha de zoo de San Diego com problema nas pernas ganha aparelho ortopédico especial


OPINIÃO:
uma gracinha, mas não podemos ignorar que esse animal, vítima de inseminações e manipulações genéticas, é uma vítima da exploração humana. Esperamos que ele tenham a melhor qualidade de vida, dentro do possível. Zoos e qualquer outro lugar que aprisiona animais precisam ser abolidos. 
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Ara Mirzaian é um especialista em criar aparelhos ortopédicos para atletas olímpicos e crianças com escoliose com 30 anos de experiência e, a partir deste ano, ele pode incluir no currículo dele que já teve uma paciente girafa recém-nascida.



O filhote nasceu no dia 1º de fevereiro no zoológico da cidade de San Diego, nos Estados Unidos.

As pernas da girafinha se entortam de uma forma errada. A equipe do zoo tinha receio que ela poderia morrer se não corrigissem a condição, porque o problema com as pernas poderia fazer com que ela não recebesse atenção inicial.

O problema era que eles não tinham experiência em adaptar as pernas de uma girafinha em um aparelho ortopédico. Isso é especialmente difícil porque o filhote já nasce com 1,78 metro e cresce todos os dias.

Por isso o zoológico procurou a clínica de Mirzaian.

“Foi bem surreal quando ouvi a história, e eu fui para a internet e estudei girafas 24 horas por dia, sete dias por semana, até chegar aqui”, ele diz.


Os zoológicos têm procurado profissionais da área médica que tratam pessoas para encontrar soluções para animais com cada vez mais frequência, especialmente na área de próteses e órteses (como uma tala para a perna da girafa).

A equipe de Mirzaian já fez órteses para um ciclista e um atleta de caiaque que foram medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, e também já projetou um aparelho para um maratonistas com esclerose múltipla que competiu em sete continentes.

Em 2006, na Flórida, um golfinho recebeu uma prótese para o rabo, que ele havia perdido em uma armadilha para caranguejos.

No entanto, fazer o aparelho ortopédico para a girafa foi uma novidade. O veterinário sênior do zoológico de San Diego, Matt Kinney, disse que geralmente os animais são tratados com gesso, mas para um tratamento mais extensivo foi preciso procurar especialistas que atuam com pacientes humanos, mesmo.

Msituni, a girafa, tinha as pernas com hiperextensão. Nas girafas, os ossos das pernas da frente são mais parecidos com braços. As pernas de trás tinham fraquezas nas juntas, mas isso foi mais fácil de ser corrigido.

Ela nasceu pesando 55 quilos, e por isso as articulações e ossos já sofriam com excesso de peso desde o início de sua vida.

Enquanto os aparelhos ortopédicos estavam sendo construídos, Kinney improvisou com talas pós-operatórias, mas essas estavam escapando. Depois a girafa chegou a usar aparelhos para humanos que foram modificados, mas ela acabou quebrando uma peça.

Os aparelhos precisam ter uma amplitude de movimento, mas também devem ser duráveis.

Para fabricá-los, foi preciso recorrer a uma empresa especializada em peças semelhantes para cavalos.

Fizeram um modelo de gesso com as pernas da girafinha, e então, depois de oito dias, foram produzidas peças ortopédicas de grafite que têm uma estampa com o mesmo padrão da pelugem do animal.


O padrão da estampa foi só por diversão, disse Mirzaian.

No fim, o animal só precisou de um dos aparelhos (a outra perna foi corrigida com uma tala médica).

Depois de dez dias com o aparelho, o problema foi corrigido.

Ela ficou no hospital para animais desde que nasceu até que os veterinários consideraram que ela poderia ter alta. Ela foi apresentada à mãe de forma vagarosa. A mãe a rejeitou, mas outras girafas fêmeas a adotaram.

Fonte: G1

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