OPINIÃO: O descaramento deste governo para cobrir os crimes ambientais praticados claramente é algo que produz uma revolta das nossas entranhas. Eu não canso de falar destes protetores, ambientalistas e veganos que apoiam este desgraçado do Bolsonaro.... Este homem é o responsável por esta perda total de limites destes criminosos. Nunca mais conseguiremos controlar o que está acontecendo com nosso meio ambiente que deixa o mundo boquiaberto. Vejam ao final a cara de pau do vice-presidente Hamilton Mourão
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A criação da ‘Câmara Temática Consultiva’ foi feita na última quinta-feira (2), com publicação no diário oficial. De acordo com a descrição, “qualificar os dados de desmatamento e incêndios a fim de diferenciar crimes ambientais de outras atividades, utilizando bases de dados oficiais já existentes”.
Pesquisadores e servidores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) protestam nesta terça-feira (7) contra a decisão do governo de criar uma câmara técnica para avaliar os dados de desmatamento no país sem incluir órgãos ambientais. A manifestação acontece na manhã desta terça-feira (7) na sede do instituto, em São José dos Campos, no interior de São Paulo.
A criação da ‘Câmara Temática Consultiva’ foi feita na última quinta-feira (2), com publicação no diário oficial. De acordo com a descrição, “qualificar os dados de desmatamento e incêndios a fim de diferenciar crimes ambientais de outras atividades, utilizando bases de dados oficiais já existentes”.
O anúncio foi feito depois que o Inpe divulgou os dados de queimada da Amazônia em maio, que foi o maior número para o mês em 18 anos.
O receio dos pesquisadores é de que, com isso, os dados sejam contestados ou divulgados com alterações. O grupo formado pelo presidente Jair Bolsonaro não conta com nenhum representante do Inpe, que coleta os dados, ou do Ministério da Ciência e Tecnologia, órgão ao qual o instituto está vinculado.
A nova câmara será coordenada por um integrante do Ministério do Meio Ambiente e composta por representantes dos ministérios da Agricultura, Defesa, Economia e Justiça. O grupo poderá convidar especialistas e técnicos para reuniões específicas, mas "sem direito a voto" nos temas debatidos.
O sindicato que representa os servidores do Inpe alerta que o instituto já faz a diferenciação e que a atitude é uma tentativa de manipular os dados sobre queimadas.
"Essa é uma tentativa de desmonte do patrimônio científico que vem sendo atacado pela gestão. Uma câmara que fazer aquilo que já foi feito e que não tem ninguém do instituto, capaz de avaliar esses dados. O presidente colocou na prática suas ameaças a autonomia do Inpe", comenta o presidente da entidade, Fernando Morais.
Perda de tempo e dinheiro, diz responsável pelos dados
Para o pesquisador coordenador do grupo que monitora as queimadas, Alberto Setzer, a criação da câmara é uma nova tentativa de ataque aos dados do Inpe, mas alega que não teme avaliações.
"Causa estranheza você analisar uma informação sem a pessoa que gerou esteja presente para ser questionado pelas suas dúvidas. O trabalho de queimadas já tentou ser desmerecido outras vezes e esse é um novo ataque, mas os dados são sólidos, são feitos de forma séria. A reavaliação é perda de tempo e investimento financeiro à toa", comenta Setzer.
Ele ainda explica que a tecnologia usada para as análises é de ponta e que os dados servem a várias entidades do governo, ministérios e até órgãos internacionais, o que provam sua veracidade.
"Não tenho preocupação sobre uma análise, porque não há qualquer erro. E sobre manipulação, os dados são públicos, não há como dizer algo diferente daquilo que é entregue por nós", afirmou. O G1 procurou o Ministério do Meio Ambiente, que será responsável por coordenar a c e aguarda retorno.
Vice-presidente Hamilton Mourão minimiza dados sobre queimadas na Amazônia
Governo x Inpe
Desde 2019 o governo federal travou um embate com o Inpe sobre os dados da Amazônia. Em 2019, o presidente acusou o instituto de divulgar dados mentirosos e de estar a serviço de Ongs. À época diretor do instituto, Ricardo Galvão, contestou a fala presidencial e a resistência a ceder sobre os dados que apontavam alta no desmatamento, levaram a sua exoneração.
Em seguida, o vice-presidente, Hamilton Mourão, sem provas, acusou o Inpe de mostrar apenas os dados negativos sobre queimadas. O responsável pelo setor de análise de focos de incêndio na Amazônia disse que haviam encaminhado uma nota explicativa sobre os dados ao governo federal e negou qualquer manipulação.
Desde o início do embate, o Inpe já mudou de diretoria duas vezes. Após a queda de Galvão, foi nomeado um diretor interino e depois feita uma nova seletiva que nomeou Clézio di Nardin.
Fonte: G1/Jornal Nacional
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