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23 agosto 2022

Quais animais vão sobreviver melhor com as mudanças climáticas?


OPINIÃO:
Não sei porque algumas pessoas contestam minha teoria de que humanos são experimentação extraterrestre. Se não fossem não destruiriam o planeta como fazem. Os animais, aí sim, nativos do planeta só contribuem para seu brilho e beleza.
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Cientistas analisaram dados de 157 espécies de mamíferos nos últimos 10 anos e descobriram que os animais mais longevos terão vantagens, como os elefantes.

Elefantes, morcegos, chipanzés e ursos estão entre os mamíferos que menos devem ser afetados pelas mudanças climáticas, segundo biólogos e cientistas que estudaram 157 espécies. Por outro lado, os animais menores e de vida curta, como roedores e esquilos, devem ser os mais afetados, já que o ciclo de reprodução é mais rápido.
 
Publicado na revista científica eLife, o estudo sobre o impacto das mudanças climáticas na vida dos animais foi liderado por pesquisadores da Universidade de Oslo, na Noruega, e da Universidade do Sul da Dinamarca.

"Mamíferos de vida longa, com ninhadas menores, tiveram respostas populacionais absolutas menores a anomalias climáticas em comparação com suas contrapartes de vida mais curta com ninhadas maiores", adiantam os autores do estudo sobre suas conclusões.
 

Estudo sobre os impactos da mudanças climáticas na vida dos animais
As condições climáticas extremas estão se tornando mais comuns, como chuvas intensas ou secas prolongadas, o que afeta diretamente a existência de um número significativo de espécies. 

Apesar dos autores alertarem que, nas próximas décadas, as mudanças climáticas serão um problema, outros fatores, como caça e desmatamento, continuarão a existir, o que torna quase impossível prever quais espécies entre os mamíferos, de fato, entrarão em extinção. Inclusive, este é um caminho que a equipe não buscou para o estudo.

Para entender o risco de adaptação dos animais, os autores levantaram dados sobre flutuações populacionais de 157 espécies de mamíferos e, em seguida, compararam estas informações com dados meteorológicos e climáticos do momento em que os dados dos animais foram coletados. Em média, foram verificados pelo menos 10 anos para cada espécie.

A ideia era entender, se com as mudanças do clima, uma espécie se tornava mais ou menos numerosa. Outra pergunta era o quanto a taxa de fertilidade era afetada com as alterações no meio-ambiente.

"Podemos ver um padrão: animais que vivem muito tempo e têm poucos filhotes são menos vulneráveis quando o clima extremo atinge o que animais que vivem por pouco tempo e têm muitos filhotes", resume o cientista Owen Jones, em comunicado.

Os mamíferos que serão menos afetados
Segundo o estudo, estas são as espécies de animais que serão menos afetados pelas mudanças climáticas extremas:
Elefante africano;
Tigre siberiano;
Chipanzés, de diferentes espécies;
Morcegos, de diferentes espécies;
Lhamas, de diferentes espécies;
Vicunha;
Rinoceronte-branco;
Ursos-pardo;
Bisões, de diferentes espécies;
Cabra-das-pedras.

Para os autores, os animais com vidas mais longas podem ser menos afetados por acontecimentos extremos, como uma longa seca. Isso porque ainda poderão se reproduzir quando a situação melhorar ou em momentos mais oportunos, de fartura. Com isso, conseguem guardar energia para sobreviver aos momentos mais desafiadores.


Os animais que devem ser mais afetados
Se a vida dos mamíferos com vidas mais longevas será relativamente mais "fácil", a equipe de cientistas não pode dizer o mesmo dos seguintes animais:
Camundongos, de diferentes espécies;
Esquilo-do-ártico;
Bettongia penicillata (woylie);
Musaranho-comum;
Arminho;
Raposa-do-Ártico;
Lêmingue.

A questão com esses animais é que possuem uma vida é mais curta e, com isso, a necessidade de reprodução rápida é maior. Uma única seca prolongada pode comprometer severamente as próximas gerações e a continuidade de uma espécie. Além disso, tendem a ter reservas limitadas de gordura.

No entanto, o pesquisador John Jackson lembra que "esses mamíferos [de vida curta] reagem rapidamente ao clima extremo". Dessa forma, "a vulnerabilidade ao clima extremo não deve, portanto, ser equiparada a um risco de extinção", explica. 

"Destruição de habitats, caça furtiva, poluição e espécies invasoras são fatores que ameaçam muitas espécies animais — em muitos casos, até mais do que as mudanças climáticas", completa. No entanto, esta balança pode se alterar nos próximos anos.

Fonte: Terra

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