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Os manguezais e as lagoas ganham cada vez mais protagonismo como berçários da vida aquática e no controle do clima. De lá saem muitos dos peixes que desaguam para o mar, alimentam dezenas de aves e ainda mantém a sobrevida de capivaras e jacarés que cada vez mais retornam a região nomeada de Jacarepaguá justamente pela grande incidência desse réptil, que foi sumindo com o tempo.
Como diz o ditado, o “bom filho a casa torna”, os jacarés cada vez mais estão sendo observado na hoje área urbana, inclusive captado em recente vídeo que ganhou grande recepção ao mostrar um deles atacando o piquenique de família no Bosque da Barra da Tijuca.
Esse jacaré-do-papo-amarelo quis participar do piquenique da família no Rio de Janeiro 😂
— Biodiversidade Brasileira (@BiodiversidadeB) December 7, 2022
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Um ano de restauração ambiental Por isso é fundamental a conscientização e um esforço conjunto para recuperação desses biomas tão maltratado no Brasil.
No Rio de Janeiro, completa um ano o projeto de revitalização do Complexo Lagunar da Barra e Jacarepaguá. A Lagoa de Camorim é o principal foco por ser considerada o principal corredor ecológico entre o Maciço da Tijuca e a Pedra Branca, dois importantes polos verdes da cidade.
Nesse período já foram retiradas mais de 130 toneladas de resíduos que foram destinados à reciclagem e cercados mais de cinco quilômetros das margens vulneráveis. Esse mês começou o plantio de 40 mil mudas de Mangue Vermelho, espécie nativa da região.
De acordo com o ambientalista Mario Moscatelli, os manguezais desempenham um papel fundamental no combate às mudanças climáticas.
“É um ecossistema que trabalha como filtro da água, e sequestra e acumula uma grande quantidade de carbono. Ou seja, combate o aquecimento global e funciona como uma maternidade e um supermercado da zona costeira. A recuperação de manguezais incrementa a biodiversidade e ajuda na busca pelo equilíbrio. Existe um potencial econômico e ambiental importante para o Rio de Janeiro.”
Tempo Seco. A promessa é de que na próxima etapa sejam implantados coletores conhecidos, nesse segmento, como “Tempo Seco”(CTS). São estruturas que podem aproveitar a rede de drenagem do entorno e destinar o esgoto que está sendo lançado no complexo para a estação de tratamento, evitando que continue chegando às lagoas da região.
“Após a obtenção das licenças ambientais, iniciaremos a instalação dos coletores de tempo seco. Com esse projeto, mais de 15 rios da região serão protegidos e mais de 140 mil pessoas se beneficiarão diretamente”, promete Eduardo Dantas, diretor geral da Iguá no Rio.
Também já deram entrada no Inea (Instituto Estadual do Ambiente – órgão fiscalizador e regulador do governo fluminense) nos pedidos de licenciamentos de projetos para a região do Arroio Fundo e o Canal das Taxas. São dois ambientes que fazem parte do bioma das lagoas. No momento aguardam a autorização para o início dos trabalhos. Em paralelo, estão sendo desenvolvidos ainda estudos dos corpos hídricos para futura dragagem do lodo e sedimento, que permitirá uma maior renovação hídrica de todo o complexo lagunar.
Essas ações fazem parte da contrapartida feita durante o processo de concessão da empresa que adquiriu em leilão público parte dos serviços prestados pela estatal de água e esgoto do Rio, a Cedae.
“A gente vem trabalhando por um ano para iniciar a revitalização de fato do Complexo Lagunar. Estamos no início da jornada, mas já demos passos concretos e reais, que já trouxeram impactos para a população, e queremos continuar avançando”, comenta Carlos Brandão, Ceo da Iguá, concessionária de água que que atua desde fevereiro nesta região da Zona Oeste e outros pontos do Rio de Janeiro.
Fonte: Jornal Floripa
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