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02 dezembro 2022

Polícia Civil indicia representantes de ONG por maus-tratos a animais em Valadares - MG

OPINIÃO:
Pode ter havido boa intenção em proteger os animais, mas, tem aquela máxima que diz que "quem não pode com mandinga não carrega patuá". Não estão preparados para um trabalho de proteção animal como deve ser feito. Pior é que tem gente que acha que proteger animais pode ser fonte de subsistência.... Conhecemos muitos casos, não?
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Nesta terça-feira (29), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que concluiu o inquérito que apurou crime de maus-tratos a animais em uma Organização Não Governamental (ONG) de Valadares. O inquérito foi aberto em abril deste ano. Um homem de 46 anos e uma mulher de 28, que respondiam pela ONG, foram indiciados.


Conforme a Polícia Civil, a denúncia foi confirmada quando a Polícia Militar Ambiental e veterinárias do Centro de Controle de Zoonoses foram até o local onde a ONG mantinha animais, no Córrego dos Borges. 

Ao entrar no imóvel, eles constataram que os animais ficavam separados em grupos e no local havia mau cheiro de fezes e urina. Além de entulho, mato e fezes na área externa, tornando o imóvel insalubre e propício a diversas doenças.

Cão em estado de decomposição
Em determinado cômodo, havia o corpo de um cão em estado de decomposição avançado, aliás, no mesmo ambiente em que estavam os animais vivos. Além disso, vários animais apresentavam sinais de leishmaniose. 

Os responsáveis não apresentaram nenhum documento que comprovasse a integridade física dos cães. As equipes, então, recolheram 35 cães, que foram realocados para o Centro de Controle Zoonoses.

Peritos da Polícia Civil foram até o local. No decorrer das investigações, eles acompanharam o exame necroscópico do animal morto e o laudo técnico dos médicos veterinários.   

De acordo com o delegado Leonardo Pinaffo, que conduziu as investigações, ficou claro que os animais que viviam na ONG estavam sofrendo maus-tratos. 


“O laudo de necropsia no animal morto não foi conclusivo, mas deixou claro não haver nenhuma alteração na parte craniana do animal, descartando assim sua morte com alguma pancada em sua cabeça como alegado pelo investigado. 

Além disso, as médicas veterinárias afirmaram que o animal já estava morto há mais de 36 horas devido aos sinais cadavéricos, destoando assim dos relatos dos investigados”, disse.

“É bom pontuar que ninguém é obrigado por lei a cuidar de cães que são abandonados na rua. Mas a partir do momento que pessoas os recolhem da rua ou recebem de terceiros, organizam-se minimamente e fundam uma instituição com este fim, colocam-se como garantidoras de, no mínimo, proporcionar bem-estar ao animal. 

A partir daí são os responsáveis legais pelos animais que estiverem sob seus cuidados”, acrescentou Pinaffo.

Após concluir as investigações, a Polícia Civil indiciou os investigados por crime de maus-tratos a animais. O caso segue para o Poder Judiciário e deve passar pela apreciação do Ministério Público.

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