OPINIÃO:não há dúvida que o responsável pela intoxicação desses cães é um serial killer que precisa ser identificado e severamente punido. É preciso instalar câmeras de segurança e tutores que passeiam com seus cães precisam ter cuidados redobrados!
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Moradores e veterinários do Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, acreditam que alguém esteja espalhando veneno em canteiros do bairro, causando a contaminação de animais. Desde o início de maio, mais de 40 cães deram entrada em clínicas veterinárias da região com os mesmos sintomas de intoxicação, sendo que pelo menos seis morreram.
A administradora Juliana Salinas foi uma das primeiras a perderem um cão com suspeita de envenenamento. A cadelinha Mel passou mal no dia 6 de maio e morreu no dia 8. Ela tinha 11 anos e foi adotada quando tinha 1, em São Conrado.
— Aqui no Jardim Oceânico tem muito cachorro. Quando a Mel passou mal, deu entrada na clínica com uma gastrite muito severa. Minha mãe relatou o que tinha acontecido em um dos grupos do bairro e descobriu que outros três cachorros tinham sido internados com os mesmos sintomas. Aí as passeadoras dos meus cachorros também relataram mais dois casos em outra clínica, e a veterinária da Mel disse que estava atendendo casos assim todos os dias. E isso foi no início do mês passado. De lá para cá, os relatos só aumentaram. Ela era minha paixão e, apesar de já ter certa idade, estava bem de saúde — conta.
Juliana diz que o grupo de moradores suspeitava que a administração de um prédio específico estivesse colocando veneno para matar plantas e ratos e, acidentalmente, afetando os cachorros, porque os primeiros animais que passaram mal viviam e circulavam em um trecho do Jardim Oceânico entre as ruas John Kennedy e Ivone Cavaleiro. No entanto, começaram a surgir notícias de casos em outras ruas, rota de passeio de outros cães.
— A gente não sabe se é alguém querendo envenenar os cachorros mesmo ou se condomínios estão colocando veneno com outra intenção. Mas é preciso que parem. Será que só vão tomar uma medida quando acontecer algo com uma criança pequena? — indaga a administradora, que não registrou queixa, mas ouviu relatos de vizinhos que afirmam ter denunciado a situação à polícia. — Como o caso da Mel foi no início e estou com um bebê recém-nascido, acabei deixando de lado. Não tinha certeza de que fosse algo dessa proporção.
Atendendo no Jardim Oceânico há mais de 30 anos, a veterinária Andrea Marinho atesta que os casos de cães com sintomas de envenenamento só aumentam:
— O índice de internação aumentou muito e com a mesma sintomatologia, de doenças que não são infectocontagiosas. Os episódios começaram em maio e, conversando com outros veterinários que atuam na região, vimos que a situação é grave. Suspeitamos que tenham ocorrido entre 40 e 60 casos de envenenamento de cachorros no período de um mês, talvez até mais.
O delegado Wellington Vieira, titular da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), que também trata de casos de maus-tratos a animais, diz que a unidade não recebeu registros de casos desse tipo no Jardim Oceânico e pede que os tutores procurem a delegacia para que uma investigação seja aberta. Segundo a Polícia Civil, a 16ªDP (Barra da Tijuca) também não tem registro de nenhum caso com essas características.
Fonte: O Globo
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