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29 julho 2024

Fabricante do post it projeta rastreador que se agarra ao pelo dos ursos-polares


OPINIÃO:
 a 3M fez um trabalho incrível e inovador que ajudará a proteger muitos animais da completa extinção. 
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Por Redação do Um Só Planeta

O monitoramento de animais na natureza é uma forma antiga de pesquisa, que levanta dados que permitem saber como as espécies se comportam, onde habitam, entre outros hábitos. A tecnologia que envolve os rastreadores, entretanto, está em constante evolução, tanto para aumentar a precisão e durabilidade do monitoramento, quanto para incomodar menos os animais que os transportam consigo.
No caso dos ursos polares, um novo tipo de dispositivo está sendo testado para possivelmente dar mais conforto a esses animais. Para evitar o uso de coleiras e brincos, um rastreador que se prende ao pelo dos ursos vem sendo aprimorado por pesquisadores do Canadá, em parceria com a fabricante de adesivos 3M, criadora do post it e tantas outras soluções envolvendo cola.

Hoje, a maioria absoluta dos dados coletados sobre ursos polares vêm de fêmeas da espécie, pois os machos têm a cabeça mais estreita que o pescoço, o que faz a coleira com transmissor cair facilmente, explica reportagem da revista Fast Company. Os pesquisadores também usam “brincos” similares aos usados em gado, mas os dispositivos são considerados invasivos, permanentes e podem causar ferimentos.

A 3M “fez todo o trabalho pesado em termos de design e concepção das etiquetas”, afirma Tyler Ross, pesquisador da York University e autor principal de um artigo recente, publicado no periódico Animal Biotelemetry, sobre os testes de etiquetas “Burr on Fur” na natureza.

Geoff York, diretor sênior de pesquisa e política da Polar Bears International, tinha um amigo cujo pai é pesquisador na empresa de adesivos. Assim, o desafio de aprimorar o rastreamento de ursos polares acabou sendo aceito pela companhia, que têm concurso internos para resolver problemas da vida real.

Com os primeiros protótipos da 3M, Ross e outros pesquisadores testaram as etiquetas em ursos polares selvagens ao longo da costa da Baía de Hudson, no Canadá. Eles observaram quanto tempo os equipamentos permaneceram presos e como a resolução dos dados coletados se comparava às etiquetas de rastreamento convencionais.

Os pesquisadores testaram três designs em 58 ursos selvagens, e compararam o desempenho a tags presas à orelha dos ursos). A tag “Pentagon” tem cinco furos nos cantos pelos quais tufos de pelo podem ser puxados; a tag SeaTrkr tem formato oval com 10 furos; e o rastreador Tribrush tem formato de triângulo, com tubos ao longo de sua lateral nos quais o pelo pode ser torcido para mantê-lo no lugar.

A SeaTrkr foi a etiqueta de melhor desempenho, durando em média 58 dias e com a melhor precisão de GPS. As etiquetas Tribrush duraram em média 47 dias, mas variaram — uma caiu após apenas dois dias, enquanto outra permaneceu presa por 114 dias.

A coceira pode ser um problema: ao se esfregar contra rochas e troncos de árvores, os animais acabam retirando os dispositivos. Mas isso é visto com bons olhos pelos pesquisadores, apesar de não deixar de ser lixo eletrônico deixado em paisagens naturais.

Os rastreadores também poderiam funcionar em outros animais, tornando o trabalho com a vida selvagem menos invasivo. “Fomos contatados por pessoas que cuidam de ursos pretos, pessoas que cuidam de alces, grupos de reintrodução de castores…”, diz York. “Qualquer animal com pelo, essa solução é potencialmente útil. Espero que estimule a inovação e a evolução contínua desse estilo de monitoramento.”

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