OPINIÃO: enquanto fazendeiros são investigados como responsáveis pelos incêndios do Pantanal, animais que antes tinham abundância, agora precisarão que humanos ofereçam frutas para que eles não morram de fome... o nível de destruição é catastrófico.
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Por Kamila Alcântara e Gabriela Couto
Durante os trabalhos na área atingida pelas chamas, no Paraguai-Mirim, a equipe do Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal) encontrou uma área verde utilizada como abrigo dos animais silvestres. Na última terça-feira (25), para ajudar a fauna que sobrevive ali, às margens de uma baía, várias frutas foram deixadas no alto de uma árvore.
Segundo a coordenadora operacional do grupo, a bióloga e médica veterinária Paula Helena Santa Rita, todo percurso visitado por eles está em cinzas e um pequeno recurso hídrico é o único refúgio deles.
“Chegamos aqui na área onde os animais estão, agora vamos deixar que eles se acalmem, porque a chegada do grupo deixou eles agitados. Identificamos uma baía, com o único trecho verde. Acreditamos que está sendo um refúgio e único recurso hídrico na região”, explica Paula.
Perto da água tem um ipê e os biólogos encontraram vestígios da presença dos animais. Por isso, eles montaram uma estrutura e instalaram na árvore, onde disponibilizaram várias frutas, além de armadilhas fotográficas.
“Os alimentos servem para auxiliar os animais que passam nas áreas já queimadas”, termina a bióloga. Os animais que necessitarem de cuidados serão atendidos no próprio local ou encaminhados aos centros de reabilitação de Corumbá e Campo Grande.
Fonte: Campo Grande News
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