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02 maio 2020

Isolamento reduz barulho e movimentação no Rio, e sons de animais ficam mais perceptíveis

O quanto humanos fazem mal ao meio ambiente, né mesmo? Nossa espécie tem que parar de nascer o mais urgente possível....
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Moradores conseguem ouvir mais o canto dos pássaros, antes abafado pelo barulho do trânsito. Cotias, esquilos e outros animais têm se sentido mais seguros para passear.



Um dos efeitos do isolamento social é a diminuição do barulho na cidade. Com isso, ficam mais evidentes sons, como o canto dos pássaros, antes abafados pelas buzinas e ronco dos motores. "Estou ouvindo mais os pássaros. Até comentei com a minha mulher. (...) Parece até cidade do interior", contou Grimário Romildo, que mora ao lado da Praça Xavier de Brito, na Tijuca, Zona Norte.

A percepção de Romildo também foi constatada pela Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que monitora o nível do som em bairros como Copacabana, na Zona Sul, e Taquara, na Zona Oeste.


Parque Nacional da Tijuca 
Além da redução no barulho, com menos gente circulando outros moradores do Rio se sentem mais seguros para passear. No Parque Nacional da Tijuca, por exemplo, animais que costumavam ficar escondidos estão se sentindo à vontade para aparecer.

"Eles [os animais] começaram a perceber também que o ambiente estava mais silencioso, e se sentiram mais à vontade para explorar o ambiente", disse a bióloga e servidora do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Katyucha Von Kossel

Jabuti-tinga no Parque Nacional da Tijuca  — 
Foto: Parque Nacional da Tijuca 

Com menos movimentação, a equipe do parque conseguiu filmar esquilos, cotias, quatis, macacos prego, que antes apareciam muito pouco. Surgiu, ainda, uma lagarta cachorrinho, considerada rara. "O ambiente de modo geral melhora. A gente sabe que menos veículos é menos poluição atmosférica. A presença das pessoas acaba afastando os animais. O atropelamento também, faz com que os animais acabem fugindo das estradas", acrescentou a bióloga.

No ano passado, no período de março e abril, o Parque Nacional da Tijuca recebeu quase oito mil visitantes por dia. Por causa da quarentena, toda a área está fechada desde o dia 22 de março. O ICMBio, responsável pela administração do parque, já está pensando no que fazer depois que o isolamento social acabar para que os animais não sofram tanto com a volta das pessoas.

Quatis passeiam despreocupados — 
Foto: Parque Nacional da Tijuca 

"A gente está se reunindo com as concessionárias. Aqui a gente tem o Trem do Corcovado, tem as Paineiras, que são concessionárias que trabalham dentro do parque, que trazem um público muito grande", disse André Mello, chefe do parque.

Enquanto isso, a cidade que tem a maior floresta urbana do mundo, basta um respiro e um pouquinho de silêncio para a natureza mostrar quem ela é.

Fonte: G1

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